Onde existe consciência, existe vida. No yoga, a consciência pode ser dividida em três núcleos: consciência do corpo, consciência da respiração e consciência da mente. Falaremos sobre cada um deles separadamente, mas é bom lembrar que eles estão em constante interação. São inseparáveis – da mesma forma que os passos do aprendizado e da prática do yoga, de acordo com Patanjali. O yoga propõe integrar e aprimorar os aspectos internos (psíquico e espiritual) por meio dos aspectos externos (que estão no físico). Por meio do corpo como instrumento, podemos desenvolver as dimensões mais sutis.
O controle da respiração, denominado pranayama, é uma parte essencial, indispensável para a prática do yoga. Ela serve de alicerce para o aprendizado de outras técnicas.
No yoga precisamos, portanto, conhecer a própria respiração, entender como ela funciona. Para isso, devemos vivenciar as várias formas de respirar. O yoga não diz que existe somente uma forma correta de respirar. Em vez disso, nos ensina como utilizar toda a capacidade respiratória de quatro formas distintas: respiração baixa, média, alta ou completa.
Com o tempo, começamos a distinguir qual é a melhor para determinado momento, lugar e circunstância. Seja durante a prática de hatha yoga (por exemplo, durante uma aula), seja vivenciando o yoga em outras situações do dia a dia, a consciência da respiração (ou na respiração) é fundamental.
Quanto mais controle temos da respiração, mais controle temos do corpo. A exigência em uma posição (asana) interfere na respiração, e o que buscamos durante a prática é justamente inverter esse processo. Por meio da respiração relaxada é possível, por exemplo, permanecer em uma posição desafiadora, adaptando-se e entregando-se, desfazendo o esforço interno.
Quando você se conscientiza de determinada região do corpo, pode intencionalmente levar mais oxigênio e energia para esse local. Através da consciência, você pode interferir no fisiológico, pode incrementar a circulação sanguínea e também interferir na fisiologia sutil, desbloqueando os canais de energia. Tudo depende de empenho, dedicação e prática. E, para termos ânimo nessa constância, podemos lembrar dos benefícios transformadores – como autoconhecimento, vitalidade e incremento de sua própria prática de yoga.
Namastê!
Silvia Oliveira