Se você realmente deseja vivenciar o yoga, a prática deve se adequar a você, e não o contrário.
Algumas vezes vemos o yoga sendo ensinado seguindo a influência histórica da educação física, trazendo a ideia de rendimento a qualquer custo, contradizendo sua essência de respeito aos próprios limites sem comparar-se com os outros.
A prática de yoga é para todos, seja qual for o seu momento de vida.
O ideal é realizarmos a prática com o acompanhamento de um profissional; um professor de yoga, capaz de orientar e trazer a vivência para a sua realidade, atento a possíveis desconfortos e dores.
Cada pessoa tem sua história corporal e essa deve ser levada em conta. Primordialmente temos de evitar as dores articulares, adaptando sempre as posições do yoga (asanas) ao surgir a necessidade. É perfeitamente possível trabalhar, assim, alongamento, postura, amplitude articular e muscular enquanto se respeita o limiar de dor; exigindo certo esforço do corpo, porém sem se machucar – desfazendo o esforço interno e mental.
Por exemplo, se ao se sentar, seja para realizar exercícios respiratórios, meditação ou asanas, o aluno sentir dor no joelho, quadril ou lombar, isso dificultará a sua vivência, tirando a paz de espírito, objetivo fundamental no sistema do yoga como um todo. Nesses casos, podem ser sugeridas adaptações, como uma forma diferente de sentar (numa almofada, banquinho ou até cadeira), flexionar menos os joelhos ou fazer um apoio para a testa com as mãos (como na posição da criança). Até durante uma saudação ao sol é possível modificar formas de apoios e passagens, facilitando o aprendizado e evitando lesões.
O significado vital do asana é ser uma posição estável e confortável, sendo essa a prioridade.
Manter a constância na prática faz toda a diferença para conquistar progresso, levando em consideração que desejamos principalmente lapidar nosso ser interno através do físico.
Namastê!
Silvia Oliveira