Não existe perfeição no equilíbrio, e sim na busca constante dele

Não existe perfeição no equilíbrio, e sim na busca constante dele

Se observarmos atentamente, notaremos como tudo no universo segue um princípio não linear de procurar o equilíbrio. Vemos isso, por exemplo, nas células do corpo humano em seu processo de homeostase (capacidade do organismo de manter o meio interno em equilíbrio apesar das alterações do meio).

No sistema do hatha yoga constatamos os mesmos conceitos (absorção de nutrientes e eliminação de resíduos): nós nos nutrimos com o movimento e a consequente manutenção da boa postura, com o controle respiratório e o yoga mental (samyama), onde  a purificação – saucha – permeia essas técnicas e cria condições favoráveis à eliminação de bloqueios e obstruções que surgem nos sistemas físico e mental, melhorando seu desempenho.

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Enquanto praticamos yoga percebemos nossa rigidez, resistência e desconcentração, e o fato de encararmos esses empecilhos ao nosso desenvolvimento e utilizarmos os instrumentos que o yoga nos oferece, atraímos maleabilidade e leveza, fluindo com a vida.

Tanto os empecilhos que eliminamos quanto o processo de eliminação mostram as atividades essenciais de manutenção da vida.

Uma boa ilustração são as posições de equilíbrio do yoga, como a da árvore, do dançarino e da palmeira; enquanto as fazemos, podemos notar a instabilidade física e /ou emocional, e nos sentirmos frustrados. Porém, mesmo nessa fase de conquista da posição, de percepção do que está desequilibrado, já estamos desenvolvendo positivamente esses mesmos aspectos.

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Desta forma, o yoga, assim como a natureza do ser humano em seu funcionamento biológico, nos mostram que “não existe perfeição no equilíbrio, e sim na busca constante dele”.

Namastê!

Silvia Oliveira

Dicas para manter-se firme na prática do yoga – e assim, colher os frutos de renovo e qualidade de vida

Dicas para manter-se firme na prática do yoga – e assim, colher os frutos de renovo e qualidade de vida

CONSTÂNCIA

Algo que realmente faz a diferença é manter a constância. Porém, sabemos que muitos empecilhos podem surgir no caminho: a correria do dia a dia e o cansaço, que pode vir de muitas fontes – como sobrecarga no trabalho, dores, indisciplina etc.

Se analisarmos essas fontes que sugam nossa energia, perceberemos que algumas delas são inevitáveis. Porém, podemos controlar alguns hábitos e pensamentos se tivermos consciência do que nos atrapalha.

Como eu posso estar mais disposta (o) para praticar yoga? O ideal é cultivar esses hábitos sempre, mas você pode começar fazendo um ritual para os dias da sua prática de yoga, por exemplo.

Os preceitos éticos do yoga – yamas e niyamas dão sustentação a todo o sistema. Vale a pena revisar e empenhar–se em vivenciá-los se deseja ver o yoga desabrochar em todas as áreas da sua vida e te transformar!

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Vamos relembrar os prismas de alguns deles.

Cultivar gratidão – santosha

Mesmo em dias difíceis é possível buscar aspectos da nossa vida que somos gratos. E assim você poderá iluminar seus pensamentos com vários desses lampejos. E claro que sempre ajuda ter um sorriso no semblante!

Moderação dos sentidos – brahmacharya

– Dormir melhor – na noite anterior a sua prática de yoga, se possível, tenha oito horas de sono, faça uma refeição leve e um relaxamento autoconduzido (yoga nidra) antes de dormir.

– Respirar melhor – durante todo o dia procure dar atenção a sua respiração, expirando devagar; faça desse foco um processo meditativo.

Autodisciplina – tapas

Para manter a constância precisamos de autodisciplina. Praticar yoga e meditação pode ser considerado algo lúdico e até supérfluo. E, às vezes, temos a impressão de que não terá tanto problema assim se não praticarmos com certa constância. Veja bem! Quando fazemos yoga dando o nosso melhor, nos sentimos mais centradas (os) e tranquilas (os), e esse é o nosso “normal”; nem percebemos a diferença. Só quando não treinamos é que ficamos estranhas (os), irritadiças (os) e desconcentradas (os).

É claro que vai dar algum trabalho (como todas as coisas que valem a pena na vida). Você terá de se organizar, tirar algum tempo de qualidade pra isso; terá de dar certa prioridade. Criar uma rotina com hábitos saudáveis com o tempo se tornará algo prazeroso e você construirá um porto seguro pra se renovar e voltar sempre que precisar.

Namastê!

Silvia Oliveira

As relações entre praticar yoga, amar-se e não se comparar com os outros

As relações entre praticar yoga, amar-se e não se comparar com os outros

“Compare a si mesmo com quem você foi ontem, não com quem outra pessoa é hoje.” Jordan B. Peterson

Um dos melhores aspectos da prática do yoga é o fato de não se comparar com ninguém, sabendo da intenção de levar as atitudes vivenciadas durante a aula de yoga para o nosso dia a dia. Temos a orientação e inspiração do professor, mas na verdade o asana – posição de yoga – pertence somente a você, levando em consideração sua história corporal, respeitando seus limites e como está se sentindo no momento.

Numa aula conscienciosa de yoga não existe (ou não deveria existir) nenhum tipo de incentivo à comparação. Não se trata de uma aula de exercícios físicos onde o instrutor demonstra enquanto ensina e os alunos buscam imitá-lo a qualquer custo, nem ter como parâmetro a (o) colega ao lado, que pode ter mais ou menos flexibilidade, força ou resistência.

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Numa sala de yoga não há necessidade de espelhos, pois o que buscamos é o nosso espelho interno, desenvolvendo consciência corporal, respiratória e mental, percebendo onde e como estamos no espaço. Portanto, você se compara somente com você mesmo – como está hoje em relação a ontem, e isso com autoconsideração, respeito e amor próprio. Ao mesmo tempo busca render-se ao asana dando o seu melhor e se desfazendo do esforço interno e mental, encontrando o caminho do meio entre o soltar-se e o esforçar-se.

O sistema de hatha yoga nos dá os instrumentos para o autoconhecimento e quanto mais nos conhecemos, mais chances temos de cultivar a autoestima de forma lúcida sem comparar-nos com os demais.

Namastê!

Silvia Oliveira

Meditação – Dicas infalíveis

Meditação – Dicas infalíveis

No hatha yoga, a meditação costuma vir depois de um preparo feito por meio de exercícios psicofísicos e respiratórios, que envolvem também o relaxamento. Ao meditar, o praticante procura um espaço entre os pensamentos e deseja não conversar com eles.

A meditação não é algo místico, paranormal, religioso, nem filosófico. Por certo, é adotada em diversas religiões diferentes, mas não passa de uma prática. Seus benefícios são incontáveis. Ela reduz a ansiedade, produz efeitos de profundo relaxamento, traz qualidade de vida, melhora o sono e favorece a capacidade de concentração. Em estágios mais avançados, pode levar a estados alterados de consciência. Vamos começar?

  • ESCOLHA UMA “ÂNCORA”

Para começar, você pode utilizar técnicas bem simples, como deve ser em toda a prática do yoga. Isso demanda disciplina e esforço, assim como todas as atitudes que podem trazer benefícios, mas o começo é simples. É parar e fazer!

Para permanecer num estado contemplativo você precisa estar presente; não conversar com os pensamentos ajuda muito. Encare-os como nuvens que passam, e não se apegue a nenhum deles. De repente, entre tantos pensamentos indo e vindo, surge um espaço silencioso. Pronto! Você conseguiu.

Você pode utilizar “âncoras” que ajudam a não se deixar levar pelos pensamentos, por exemplo, usar uma frase como pano de fundo – curta e de grande significado pessoal. Uma que gosto muito e sugiro é a frase do Professor Hermógenes: “Entrego, confio, aceito e agradeço”. Também é possível visualizar uma imagem, como a chama de uma vela acesa, entre as sobrancelhas, ou simplesmente focar a atenção na respiração.

Lembre-se de que essas são apenas variedades de “âncoras”, não a meditação em si.

  • CAPRICHE NA POSTURA

Sentar da maneira mais confortável possível, mantendo a coluna alinhada de forma natural, favorece a prática da meditação. É importante estar sentado mantendo a atitude interna que um asana (posição de yoga) propõe, isto é, firme e confortável. Se você, por qualquer motivo, não sentir estabilidade e conforto sentado na almofada sobre o chão, sente-se em uma cadeira, banco ou poltrona. O primordial é estar com a coluna alinhada.

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Como diz a canção do Walter Franco: “tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”.

Sente-se e medite enquanto pratica um dos asanas tradicionais do hatha yoga, como:

  • Sukhasana ou posição fácil

Sente-se com as pernas unidas e esticadas. Utilizando as mãos, flexione a perna esquerda e leve o pé para baixo da perna direita. Em seguida, flexione a outra perna e leve o pé direito para baixo da perna esquerda. Conserve o tronco na vertical;

postura fácil

  • Padmasana ou posição de lótus

Sente-se com as pernas unidas e estendidas. Descanse o peito do pé direito sobre a coxa esquerda de forma que a sola do pé fique voltada para cima. Depois, descanse o pé esquerdo sobre a coxa direita. Ambos os joelhos tocam o solo e apontam para frente. Os calcanhares pressionam o abdômen logo acima da região pubiana;

postura de lótus

  • Vajrasana ou pose do diamante:

Ajoelhe-se conservando os joelhos juntos e os pés esticados de forma que a pernas se apoiem no solo. Os dedos dos pés ficam apontados para dentro e quase se tocam.

Sente-se sobre as pernas, mantendo a cabeça alinhada e a coluna ereta, sem rigidez.

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Tente começar devagar, fazendo 5 minutos ao dia. Aos poucos, vá aumentando o tempo da meditação à medida que for se tornando mais confortável. Lembre-se de desfazer o esforço interno, o esforço mental, focando no aqui e agora, livre de expectativas.

A constância e persistência trarão o tesouro do autoconhecimento, e todas as joias preciosas que decorrem disso.

Namastê!

Silvia Oliveira

 

 

Meditação para treinar o músculo da atenção

Meditação para treinar o músculo da atenção

“Coisas que nos parecem impossíveis só podem ser conseguidas com uma teimosia pacífica.” (Mahatma Gandhi)

É desejável que o estado meditativo permeie a prática do hatha yoga como um todo – desde os preceitos éticos, os yamas (disciplina externa) e os nyamas (disciplina interna), até os asanas (exercícios psicofísicos) e os pranayamas (exercícios respiratórios), sem nos esquecermos do pratyahara (abstração dos sentidos) e samyama (yoga mental).

Falemos um pouco mais da meditação, esse exercício aparentemente tão passivo, mas tão difícil de conquistar. É comum que digam que, na meditação, a gente “não pensa em nada”. Como parece muito difícil não pensar em “nada”, o iniciante acaba pensando em tudo. Isso pode deixá-lo irritado e fazer com que desista. O ideal é não criar tantas expectativas imediatistas quanto à sua prática de meditação. Vá com tranquilidade.

Por meio do treino podemos estabelecer intimidade com o próprio interior. Como minha mente funciona? Quais são as respostas automáticas dependendo do estímulo? Consigo perceber que não sou a mente? Aos poucos, quem medita vai compreendendo que é mais que os seus pensamentos. Essa descoberta é maravilhosa.

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Por meio da inteligência é possível convencer a mente do que realmente importa. A inteligência, assim como um espectador, pode observar sem se envolver, nem julgar. Pode reconhecer as propostas da mente e discerni-las.

Definimos aqui “inteligência” como uma condição que permite manejar um conjunto de pensamentos ou, até mesmo, ficar distante deles.

Por fim, é bom lembrar que meditar faz bem. A ciência vem divulgando artigos que comprovam os benefícios para a saúde humana decorrentes da prática meditativa. Muitos médicos a recomendam, como o Dr. Roberto Cardoso, obstetra e praticante de meditação há mais de 30 anos e autor do livro Medicina e Meditação – um médico ensina a meditar. De acordo com o Dr. Roberto, meditar aparentemente altera a química do cérebro, e também as vias neuronais, as quais talvez representem os vícios de pensamento que nos aprisionam. Meditando diariamente, podemos fortalecer essas vias e, assim, nos beneficiarmos ao nos “libertarmos”.

Quer tentar? Confira as dicas de como começar a meditar em nosso próximo post.

Se você tiver interesse em artigos científicos ou outros sobre esse assunto, confira esse site.

Namastê!

Silvia Oliveira

 

 

 

 

 

Benefícios da respiração alternada pelas narinas – nadi shodhanam

Benefícios da respiração alternada pelas narinas – nadi shodhanam

Que tal obter inúmeros benefícios para sua saúde apenas praticando um exercício respiratório? Quer saber como? É bem simples. O nadi shodhanam (nadi = fluxo e shodhana =purificação), também conhecido como nadi suddhi (purificação dos canais energéticos) ou anuloma viloma (a conexão com a ordem natural), é um importante pranayama (exercício respiratório).

Ele atua na purificação dos canais sutis de energia do corpo para o prana (bioenergia do ar) fluir mais, liberando possíveis bloqueios. Equilibra a respiração entre as narinas esquerda e direita, bem como a atividade entre os hemisférios esquerdo e direito do cérebro, exercendo um efeito calmante no sistema nervoso, concentrando a mente para o propósito da meditação.

Proporciona clareza mental, reduz dores de cabeça e enxaqueca, e alivia nervosismo, ansiedade e depressão.

Tem motivos de sobra para desejar aprender? Então vamos à prática!

1) Sente-se numa posição firme e confortável, unindo polegar e indicador (jnana mudra), enquanto repousa as mãos nas pernas com as palmas voltadas para cima;

2) Inicie exalando todo o ar; com o dedo médio da mão direita, obstrua a narina direita, inspirando pela esquerda; enquanto retém a respiração, troque de mão e de narina, e expire lentamente pela narina direita;

3) Inspire por essa mesma narina (a direita); enquanto retém a respiração, troque de mão, troque de narina e expire lentamente pela outra;

4) Continue alternando entre as narinas até realizar uma rodada completa da prática (três respirações de cada lado, completando um total de seis respirações); então, abaixe as mãos e respire gentil e suavemente através das duas narinas;

5) Para uma prática mais profunda, complete mais duas rodadas. Termine expirando pela narina esquerda.

(Esse exercício também pode ser realizado somente com a mão direita, em vishnu mudra (esse gesto envolve dobrar os dedos médio e indicador na direção da palma da mão, e manter o polegar, o dedo anelar e o dedo mínimo estendidos – o polegar é usado para fechar uma das narinas e o anelar é usado para fechar a outra).

Procure coordenar com a respiração completa, percebendo a passagem do ar por toda a capacidade pulmonar, inspirando e expirando de forma lenta e uniforme. Um bom ritmo é inspirar em quatro tempos, reter o ar em sete e expirar em oito (4:7:8). Ou próximo desse tempo, sendo confortável para você. São tempos, não são segundos, porque é o seu tempo.

Assim, você associará a respiração alternada com ritmo, lentidão e respiração completa. O movimento de troca de mãos em frente ao tronco é suave.

Gosto de ensinar nadi shodhanam aliando a alternância das narinas à mudança de mão a fim de facilitar o aprendizado. Ao mesmo tempo simplifica e permite maior relaxamento dos ombros e braços. O gestual harmônico condiz e complementa a interiorização e concentração.

Para aprender exercícios específicos como esse, a orientação de um especialista é sempre desejável. O ideal é ser realizado no contexto de uma prática de hatha yoga completa, onde cada técnica potencializa a outra.

Revigore-se com esse excelente exercício e prepare sua fisiologia física e sutil para o relaxamento e a meditação, levando você a um estado de calma e clareza mental.

Namastê!

Silvia Oliveira

A falácia ao associar o yoga à passividade nas empresas

A falácia ao associar o yoga à passividade nas empresas

Uma vez, enquanto ainda trabalhava em uma empresa do setor de alimentos e agronegócio, uma gerente chegou para mim e falou exatamente assim: “nossa, você pratica yoga? Imagine, eu sou uma pessoa muito dinâmica! Não paro quieta. Isso não tem nada a ver comigo!” Na mesma hora, pensei comigo: nossa, que grande falácia.

Sim, falácia!

Yoga não é só sentar e fazer uma pose bonita como se ali nada fizesse, e muito menos realizar posturas a la Cirque de Soleil. O yoga é uma filosofia de vida milenar que nos incentiva, entre muitas coisas, a criar mais empatia e compaixão pelo próximo.

Não, você não será “mole” ou “passivo” perante as adversidades e os desafios. Se assim fosse, policiais e militares americanos não estariam praticando yoga e meditação (relatado no livro Meditation for Fidgety Skeptics).

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Eu, como especialista em Customer Experience e Pesquisa de Mercado – complexo processo para entender o relacionamento da sua organização com seus clientes para que alcancem os resultados desejados – percebo como o yoga está conectado a essa empatia pelo próximo, por isso estou me formando como professora de yoga este ano.

Empatia é essencial para que se obtenha sucesso em qualquer negócio. Se você não for um profissional empático, além de paciente e bom ouvinte, não conseguirá entender os objetivos e conceitos de sucesso de seus clientes.

Por esse motivo, yoga e dinamismo andam juntos. Com essa prática você aprenderá a conduzir seus clientes através da empatia em direção ao sucesso. Então, para aqueles que ainda não praticam por crenças equivocadas, ou simplesmente nunca pensaram no assunto, digo o seguinte: que tal começar?

Aline Ataulo

Namastê!

Sobre a autora:

Aline é aluna do Studio ShantYoga há quase seis anos e está fazendo formação em yoga no IEPY – Instituto de Ensino e Pesquisas em Yoga – coordenado pelo professor Marcos Rojo. Especialista de Customer Experience & Pesquisa de Mercado, conta com mais de 15 anos na área corporativa.

Yoga é sutil e forte ao mesmo tempo!

Yoga é sutil e forte ao mesmo tempo!

 

Você já notou que existe uma dificuldade de grande parte das pessoas em aceitar que a
sutileza e a força podem caminhar juntas? Podemos ver essa recusa em muitas áreas da
vida, como nas profissões e inter-relações.
No que diz respeito ao exercício físico, ao movimento, percebemos a influência
histórica da educação física trazendo a ideia de rendimento a qualquer custo, remetendo
à frase “no pain, no gain”, “sem dor, sem ganho”. Será mesmo? Não necessariamente o
esforço e dedicação têm de estar acompanhados de dor.
É possível constatar como muitos atletas, esportistas e até praticantes de yoga podem se
machucar e carregar sequelas por manter esse tipo de abordagem em suas práticas.

Ao contrário disso, o yoga propõe que um sorriso no semblante sempre ajuda!

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O yoga vem desmistificar esse conceito e mostra como associar respiração, mentalidade
e meditação ao fortalecimento sem impacto. Mas é claro, desde que feito de forma
prazerosa e respeitando os seus limites.

Namastê!

Silvia Oliveira

Feliz Você Novo!

Feliz Você Novo!

O ano de 2019 começou sendo uma dádiva, visto que logo no primeiro dia que dei aula no Studio ShantYoga duas pessoas vieram fazer aula experimental. Iniciar alguém no yoga é sempre um presente!

Quando comecei, há uns vinte anos, me apaixonei de tal maneira que prometi a mim mesma que encontraria uma forma de nunca mais parar, de me aperfeiçoar e levar o hatha yoga para a vida, e a melhor maneira que encontrei de fazer isso foi transmiti-lo, passá-lo à frente.

Promessa cumprida! Aqui estou eu, depois de tanto tempo, ensinando, aprendendo e crescendo. Toda vez que dou aula, estou me relembrando da importância de tantos prismas e nuances que o yoga nos faz encarar em nós mesmos.

Algumas dúvidas podem ser comuns pra quem está começando, como: “Eu sou muito agitado, não sei se yoga é pra mim; experimentei uma vez e não me adaptei”, o que pode impedi-los de começar este algo diferente. Neste ano novo, quero convidá-los a conhecer o outro lado da moeda, para, caso você seja uma dessas pessoas, saber o que o yoga pode fazer por você.

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Refletindo sobre as prioridades para 2019, resgatei um saber importante, básico e essencial: “transformar-se pela renovação da mente” (Rm 12.2). Se quisermos transformações consistentes em nossa vida e ao nosso redor, temos de renovar nosso “olhar”, nossa forma de encarar as situações. Como disse Gandhi “temos de nos tornar a mudança que queremos ver”.

Essa renovação é simples, mas não é nada fácil; o yoga nos dá instrumentos que a facilitam, tais como reaprender a respirar, se movimentar melhor e até pensar melhor. Com certeza essas ações nos conduzirão à conquista do “eu novo” que tanto desejamos.

Namastê!

Silvia Oliveira

As relações entre yoga, saúde da coluna e abdômen firme – como ter tudo?

As relações entre yoga, saúde da coluna e abdômen firme – como ter tudo?

Você já ouviu a frase “não se pode ter tudo ao mesmo tempo?” Pois saiba que no yoga você pode. Muitos já passaram pela situação de serem aconselhados pelo médico, por um amigo com frases, como “Você precisa fazer exercícios” ou “Precisa de algo que acalme a mente” e lhe recomendaram procurar por yoga ou ginástica. E você pode ter pensado: “Mas yoga é um negócio zen, de meditar, e de fazer umas poses malucas! Como isso vai me ajudar?”

É difícil pensar que ficar sentado falando “om” vai te deixar marombado, ou que fazer ginástica vai clarear sua mente. Entretanto, o que a maior parte das pessoas acaba não sabendo, por não ser muito divulgado dessa maneira, é que o yoga tem métodos adaptáveis a cada uma delas. Quer uma mente calma? Checado! Quer um abdômen definido? Checado também. Por meio desse texto, iremos lhe mostrar como se pode ter tudo!

Para termos saúde e bem-estar, precisamos buscá-los de forma integral: corpo, mente e espírito. Para que haja o todo, é preciso que haja as partes, mas isso não significa que estejam separadas. O yoga reconhece isso e consegue desenvolver todas essas dimensões, e não contente, ao mesmo tempo! O “inspira-expira” não serve só pra acalmar; serve também para fortalecer o corpo. Por meio de exercícios diversos, cada parte recebe sua importância, sendo possível relacionar todas elas. Tudo se resume à saúde da coluna e abdômen firme conquistados por meio do hatha yoga que é a origem das outras vertentes do yoga. Poderemos ver ao longo desse texto como é possível beneficiar todo o organismo por meio da saúde da coluna e da consciência no corpo, na mente e na respiração.

Vários aspectos pertencentes ao universo do hatha yoga podem promover tudo isso ao mesmo tempo:

Quanto mais controle temos da respiração, mais controle temos do corpo

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Controlar a respiração durante os asanas (as posições de yoga) auxilia a estabilização do movimento, pois, por meio da melhor e mais trabalhada oxigenação, todos os sistemas do corpo respondem melhor. Aliás, durante a maior parte da prática do yoga, é quando expiramos que conseguimos nos render mais à posição.

Assim, precisamos sustentar o centro do corpo para que não haja um esforço interno nem dor em certas partes. Esse é um dos momentos que trabalhamos o abdômen, tendo mais consciência de sua existência ao contraí-lo, e também o períneo.

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Após desenvolver uma consciência corporal e respiratória mais firme, o yoga melhora o alinhamento postural, pois se torna mais fácil manter-se por mais tempo com a coluna alinhada e o peito aberto. Isso traz também um benefício mental, pois a postura certa faz com que tenhamos uma maior sensação de confiança e ânimo. Frequentemente, a postura inadequada é uma consequência do desequilíbrio muscular; por essa razão, os músculos abdominais devem ser fortes e flexíveis, funcionando como a base para que se aproveite por completo a prática de yoga.

Alongamento

Para que tudo isso seja possível, o alongamento é extremamente importante. Afinal, um carro, por exemplo, em um dia frio não vai nem ligar se não aquecer o motor um pouco, né? A mesma coisa com o nosso corpo, que também é uma máquina. O alongamento aquece e leva consciência a cada parte do corpo para que, em meio ao trabalho de força, equilíbrio e resistência, sejamos capazes de estar atentos, sustentando o abdômen/centro do corpo a fim de que a exigência não vá para a coluna e suas estruturas ósseas e musculares.

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Retenções e contrações

Durante os asanas e momentos exigentes da prática de yoga, existem técnicas que possibilitam uma melhor consciência no corpo e proteção da coluna, evitando, com mais segurança, lesões musculares e articulares, além de melhorarem a concentração.  Essas técnicas são chamadas de bandhas (contrações e relaxamentos musculares que influenciam os sistemas nervoso, vascular e glandular); entre elas, as mais usadas são uddiyana bandha, que são as de contração dos músculos abdominais e consciência em seus fluxos de energia (plexos) e a mula bandha, que são as de contração do ânus e da uretra.

Com tudo isso, podemos perceber como o yoga vai além do físico, trabalhando não somente alongamento, postura e amplitude articular e muscular, como também o mental e psicológico, diminuindo o estresse e relaxando e fortalecendo os músculos tensos e flácidos, respectivamente, podendo nos tornar mais saudáveis, nos conhecendo melhor, tendo tudo ao mesmo tempo.

Namastê!

Silvia Oliveira