Por que praticar drshti – fixação do olhar – enquanto faz yoga?

Por que praticar drshti – fixação do olhar – enquanto faz yoga?

Sabemos como a mente tende a ser dispersa, e parece que quanto mais pensamos em ficar quietos internamente, mais nossa mente divaga.

Por isso, no yoga, a intenção é que todas as técnicas utilizadas em seu sistema exercitem o estado contemplativo da meditação, isto é, a atenção no momento presente.

Vimos como nos beneficiar com exercícios para os olhos e o quanto fixar o olhar num ponto nos ajuda na concentração.

A prática de hatha yoga facilita o treino da fixação do olhar, drshti, quando propõe fazê-lo enquanto estamos nas posições de yoga, nos asanas.

Priorizando o conforto e sabendo que movimentos diferentes com os olhos poderão ser exigentes, experimentemos essas oportunidades de vivenciá-los sem nos esforçarmos:

– durante a sequência da posição do gato: quando estivermos com a cabeça para a frente, vamos fixar o olhar na ponta do nariz; quando estivermos com a cabeça para baixo, vamos fixar o olhar entre as sobrancelhas;

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– durante os quatro movimentos da cabeça (sentados ou em pé): quando levantarmos a cabeça, vamos fixar o olhar na ponta do nariz; quando abaixarmos a cabeça, vamos fixar o olhar entre as sobrancelhas; quando virarmos o rosto de lado (direito e esquerdo), vamos olhar para trás e para longe;

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– durante uma posição de torção da coluna, quando virarmos o rosto de lado (direito e esquerdo), também vamos olhar para trás e para longe;

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durante a posição do cachorro olhando pra baixo, vamos fixar o olhar no umbigo;

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– durante a posição do triângulo, vamos fixar o olhar na mão;

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– durante posições em que olhamos para cima, como a posição do cachorro olhando para cima, posição do guerreiro I e posição da serpente, vamos direcionar o olhar para o “céu”;

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– durante a posição inicial da saudação ao sol ou na posição do guerreiro, vamos fixar o olhar nos polegares;

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– durante a posição da cabeça no joelho ou a posição da pinça, vamos fixar o olhar nos dedos dos pés;

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– durante a meditação, vamos fixar o olhar entre as sobrancelhas;

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Deixando claro que essas fixações do olhar podem ser feitas com olhos abertos ou fechados, prezando segurança, conforto e respeito aos seus limites, como tudo no yoga. O olhar deve ser suave e delicado, mas intencional, levando um comando mental para que os músculos ao redor dos olhos fiquem relaxados.

Podemos perceber que a lógica desses exercícios é que o olhar acompanhe o movimento e vice-versa, nos ajudando a permanecer “por inteiro” no momento presente. Esse conjunto de consciência no corpo, na respiração, na mente e no olhar traz inúmeros benefícios, que vão além do físico, e a constância da sua prática no yoga lapida nossa atenção, tornando nosso olhar mais atento, mais amoroso e mais paciente com as pessoas ao redor, mas, principalmente, com o nosso ser.

Lembrando que a melhor maneira de entender a teoria é colocá-la em prática. Apesar de parecer complicado, no Studio ShantYoga proporcionamos um ambiente favorável que facilitará o seu desenvolvimento no yoga.

Vejo vocês no próximo post!

Namastê!

Silvia Oliveira

Janelas da alma – como nos beneficiar com exercícios para os olhos

Janelas da alma – como nos beneficiar com exercícios para os olhos

Os olhos são um prolongamento do cérebro, a porta de entrada de luz, as janelas da alma. Nossos olhos são constantemente bombardeados por estímulos externos, o que força nossa vista e gera, entre outras coisas, cansaço visual e estresse mental. Os exercícios para os olhos surgem como solução para minimizar esses efeitos e gerar mais saúde.

O yoga oferece maneiras de treiná-los, estimulando beneficamente o sistema nervoso, favorecendo novas conexões cerebrais, a concentração e a melhora da memória. O trataka é uma delas: uma técnica de purificação dos olhos que consiste em fixar a visão num objeto até os olhos lacrimejarem. Faz parte de um conjunto de técnicas de limpeza do corpo e da mente. Normalmente é usada uma vela acesa para fixarmos profundamente o olhar, porém, entre outros focos, é possível utilizar o próprio dedo.

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Outra forma são as fixações – drshtis, como fixar o olhar na ponta do nariz (nasagra drshti) ou no espaço entre as sobrancelhas (bhrumadhya drshti). A constante prática desses exercícios reduz a tendência dispersiva da mente. Você pode conciliar as posições de yoga, asanas, ao direcionamento do olhar, potencializando a prática. Durante uma posição de torção da coluna, por exemplo, olhando para longe e para trás – à direita ou à esquerda.

No próximo post, veremos outros jeitos de como incluir esse cuidado com as janelas da alma durante a realização do hatha yoga: numa posição desafiadora de equilíbrio, durante a meditação ou até no relaxamento. Dessa forma, é possível incrementar o foco, a concentração e a consciência na sua prática de yoga e na vida.

Namastê!

Silvia Oliveira

Kapalabhati – exercício respiratório e de limpeza

Kapalabhati – exercício respiratório e de limpeza

Que tal fazer um exercício respiratório do hatha yoga, e se beneficiar de maneira geral? É o que acontece quando você pratica o Kapalabhati, considerado um exercício respiratório e de limpeza. Kapalabhati – Kapala (crânio) e bhati (brilhante); portanto significa exercício que faz o crânio brilhar. Além de limpar as passagens nasais e os sinus, limpa a garganta e os pulmões, estimula os músculos e órgãos abdominais, atua beneficamente no sistema nervoso, circulatório e no metabolismo. Vamos começar?

  1. Sente-se de maneira estável e confortável, mantendo a coluna alinhada;
  2. Deixe o ar entrar naturalmente;
  3. Em seguida, deixe o ar sair com a ajuda da contração rápida e vigorosa do abdômen que empurra o ar para fora. O som da saída do ar é rápido como o de um espirro. Repita o movimento.

Importante: Procure não envolver a musculatura do peito, dos ombros, do pescoço e do rosto durante as contrações vigorosas.

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Com a prática é possível aumentar a velocidade, porém sempre priorizando a entrada tranquila e saída rápida do ar empurrado pelo movimento do abdômen. As respirações devem ser sempre nasais e sem pausas entre cada uma. Um ciclo de inspirações e expirações é contado como uma respiração, e um número prescrito de repetições se completa de acordo com a capacidade do aluno. O ideal é praticar esse exercício com acompanhamento. O praticante deve procurar um professor de yoga qualificado para ajudá-lo.

Contraindicações: A kapalabhati não deve ser praticada por pessoas com pressão alta nem baixa, ou que tenham doenças cardíacas coronárias. É contraindicada para quem sofre de problemas nos olhos (por exemplo, glaucoma), nos ouvidos (por exemplo, fluidos nos ouvidos) ou de sangramento nasal. Para aqueles que tiverem esses tipos de problema, recomenda-se que consultem um médico especializado.

O exercício favorece a prática de outros exercícios respiratórios e a meditação. Como essas respirações energizam o corpo, o ideal é que a prática seja feita durante o dia.

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Kapalabhati faz parte de um conjunto de técnicas de limpeza do corpo e da mente que promovem desintoxicação no corpo físico e em nossa fisiologia sutil, nossa parte energética, trazendo benefícios de forma integral para o nosso dia a dia.

Namastê!

Silvia Oliveira

Dia Internacional do Yoga – 21 de junho

Dia Internacional do Yoga – 21 de junho

O yoga é um tesouro que pertence à humanidade. E cada parte desse sistema é como uma joia rara que tem um poder transformador na vida de seus praticantes.

Em 2016 a UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) declarou o yoga Patrimônio da Humanidade, pois reconhece que “se baseia na unificação da mente, corpo e alma, melhorando o bem-estar mental, físico e espiritual das pessoas”.

Quando nos permitimos conhecer e praticar o hatha yoga, percebemos como faz diferença! O desenvolvimento depende muito mais de constância, pois, insistindo na prática, cada vivência facilitará o caminho para entender como realizar outro aspecto. Um exemplo: ao compreender como funciona sua respiração, aprendendo a modular o ritmo, a lentidão e notando cada uma das partes dos pulmões, você terá maior facilidade para se ajustar nas posições (asanas) para relaxar, meditar etc. E verá como cada aprendizado potencializa o outro.

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Nesses quase vinte anos dando aula de yoga, é tão fantástico constatar as mudanças, o desenvolvimento e a qualidade de vida que essa prática traz as pessoas. Principalmente porque vão além do físico, uma vez que o yoga é capaz de juntar a consciência corporal, a respiratória e a mental. Ou seja, se você pratica yoga, trabalha não apenas aspectos corporais, tais como alongamento, postura, amplitude articular e muscular, mas também melhora seu âmbito interno – o mental e o psicológico. E tudo isso de forma prazerosa, respeitando seus limites.

Esse tesouro enriquece a si mesmo e ao próximo, pois se trata também de viver os preceitos éticos do yoga. E assim notamos que, para sermos realmente bem-sucedidos em nossa prática, é necessário um esforço para desenvolver atitudes que expressem a saúde interna (psíquica e espiritual) com os demais e consigo mesmo, compreendendo que fazemos parte de um mesmo e único universo. Como diz o escritor indiano Rabindranath Tagore, “somente no amor a unidade e a dualidade não se encontram em conflito”. Feliz Dia do Yoga!

Namastê!

Silvia Oliveira

Quer respirar melhor? Experimente esse exercício natural de limpeza das narinas – jala neti

Quer respirar melhor? Experimente esse exercício natural de limpeza das narinas – jala neti

Já se sentiu com dificuldade para respirar? É horrível, não é? Se você sofre de rinite, sinusite, ou mesmo bronquite sabe bem do que estamos falando. Essa sensação pode ser ainda mais constante na época do outono e do inverno já que há menos chuva e, consequentemente, maior concentração de poluição.

Para se sentir bem, nada melhor que usar uma maneira natural, não? Que tal a jala neti?

A jala neti é um exercício de limpeza das vias respiratórias superiores usando apenas água preparada ou soro fisiológico. Recomendado para os casos que citamos.

Vale muito a pena. Veja abaixo.
Modo de preparo da água
– Use água fervida, bem filtrada ou mineral (água isenta de cloro);
– Coloque uma colher (chá) de sal (preferencialmente, marinho) para cada ½ litro de água;
– Aqueça a água até aproximadamente 36ºC para que seja introduzida no nariz – levemente morna.

Como se faz a limpeza? 
1) Em pé, pernas separadas, tronco inclinado um pouco para a frente para que a água caia na pia ou em qualquer recipiente;
2) Introduza suavemente a ponta do recipiente chamado de lota (cheio de água) na narina que você estiver respirando melhor. Cuidado para não empurrá-lo a ponto de entortar o nariz;
3) Incline lateralmente a cabeça e o tronco, sempre com o nariz apontando para baixo, até que a água comece a sair naturalmente pela outra narina. Durante a passagem da água respire pela boca; não aspire a água pelo nariz;
4) Espere passar toda a água do recipiente, volte à primeira posição e assoe pelo nariz várias vezes para que não fique água dentro;
5) Faça o mesmo com a outra narina.

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É bastante simples a forma como a limpeza é feita. No entanto, alguns cuidados são necessários.

– Inicie esse exercício com alguém que já tenha feito, preferencialmente sob orientação de um professor de yoga experiente;

– Não faça a limpeza olhando para o espelho, pois o nariz deve estar apontado para baixo, para o ralo da pia. A elevação do nariz faz com que a água vá para a garganta ou cause incômodo no ouvido, provocando dor. Cuidado caso tenha o ouvido muito sensível;

– Um desconforto no ouvido após a execução, como em modificação de altitude, é normal e passa em poucos minutos;

– Quando assoar pelo nariz para retirar a água que ainda está dentro, não faça com força. Repita várias vezes, modificando a posição da cabeça;

– Não faça à noite, pois caso ainda tenha sobrado um pouco de água dentro das narinas, isso poderá perturbá-lo;

– Faça até o começo da tarde. Assim, se tiver ficado um pouco de água dentro de suas narinas, sairá naturalmente;

– Não execute jala neti em caso de lesões nasais, inflamações fortes ou sangramento.

Dicas de ouro

– Caso você seja alérgico, faça a limpeza todos os dias durante 45 dias. Isso melhorará sua capacidade de adaptação. Não deixe de fazer mesmo se o nariz estiver entupido.

– Após os 45 dias, passe a fazer por mais um mês, em dias alternados, e mais um mês a cada dois dias. Por fim, faça uma ou duas vezes por semana como todas as pessoas deveriam fazer.

– Se você for alérgico à temperatura, após já ter se acostumado com o exercício, passe a fazê-lo duas vezes em seguida – a primeira com água morna e a segunda com água na temperatura natural durante um mês. Depois passe a fazer apenas com água fria.

Sinta-se bem ao respirar!

Namastê!

Silvia Oliveira

Saudação ao Sol

Saudação ao Sol

Saudação ao Sol, Surya namaskar, é uma sequência de doze asanas (posições do yoga), que correspondem ao movimento do Sol do nascente ao poente como uma dança em que você trabalha equilíbrio, beleza nos gestos, força, resistência e flexibilidade em poucos minutos. Nela são contemplados os movimentos de flexão e extensão da coluna, além da extensão axial que chamo de “fiozinho puxando no alto da cabeça”.

Inicialmente, vale a pena treinar e memorizar essa clássica sequência para fazer sempre que tiver oportunidade. Por exemplo, quando você percebe queda de imunidade, como gripe ou desânimo rondando você ou algo assim, é um excelente momento para praticá-la.

Com o devido acompanhamento de um professor de yoga que saiba respeitar as diferenças de cada aluno, é possível adaptar vários momentos e passagens do Surya namaskar, e assim todos podem fazer, até mesmo gestantes e idosos desde que sempre sejam respeitados os limites e história corporal de cada um.

Quando você termina de realizar o Surya namaskar, pode observar como está sua respiração e seus batimentos cardíacos; notará o importante trabalho cardiorrespiratório que foi feito, o que é desejável. Assim, você elimina estagnações tanto no corpo físico em todos os seus sistemas (nervoso, respiratório digestivo e circulatório) quanto na fisiologia sutil, nossa parte energética, que no yoga é chamada de nadis ou canais de energia.

 

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Enfim, pode ser desafiador memorizar a sequência, coordenar o movimento com a respiração e dar atenção aos ajustes, mas nada que a prática e a constância não tragam em breve tempo juntamente com mais disposição, vigor e consciência corporal. Tudo que fazemos no yoga tem uma correspondência com nosso interno – mente e comportamentos, portanto os benefícios vão muito além do físico, impulsionando o autoconhecimento e o bem-estar.

Namastê!

Silvia Oliveira

Como o yoga pode ajudar quem tem dores?

Como o yoga pode ajudar quem tem dores?

Yoga é sinônimo de respeito ao seu corpo, seus limites e sua história corporal. Mas, quando temos alguma dor ou limitação, pode ser difícil imaginar como a prática do yoga conseguiria nos ajudar, pois muitas vezes a vemos apresentada nas mídias como algo de difícil execução, cheio de posições complicadas.

São imagens que nos afastam da verdade de que a prática de yoga é para todos.

Com o devido acompanhamento de um professor de yoga que saiba respeitar as diferenças de cada aluno, é possível adaptar os asanas (posições) e trabalhar todos os aspectos propostos pelo hatha yoga, como equilíbrio, força, resistência, flexibilidade e concentração, sem se machucar.

O princípio é buscar um desenvolvimento gradual e respeitoso. Lembre-se de que as técnicas de exercícios respiratóriosrelaxamento e meditação sempre podem ser aplicadas e assim é possível acessar seus enormes benefícios facilmente.

Seja qual for o seu momento de vida, você pode praticar yoga. Um exemplo é o caso das mulheres, com suas várias fases hormonais: seja ao longo da vida, seja no decorrer do mês, a prática do yoga possibilita minimizar suas dores e desconfortos, trazendo equilíbrio e facilitando a concentração e a melhora no humor.

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Dores físicas e psicológicas trazem enrijecimento aos músculos, articulações e tendões, restringindo os movimentos, o que, por sua vez potencializa as dores já existentes, criando-se um ciclo ininterrupto. Daí ser grande a importância de praticar yoga, com suas variadas técnicas revigorantes, mesmo durante fases doloridas. Desse modo, ao longo de algum tempo, é possível não só aliviar o incômodo como também barrar seu progresso e prevenir que novas dores adjacentes se instalem.

Ao restabelecer o equilíbrio energético e físico em um quadro de dor, podemos lentamente voltar a trilhar o caminho do vigor e do bem-estar.

Namastê!

Silvia Oliveira

Do que sua coluna precisa pra ser saudável?

Do que sua coluna precisa pra ser saudável?

Hoje um aluno me perguntou: Silvia, qual exercício é bom pra coluna? E eu respondi: Quando você faz essa pergunta, o que você quer? Sente que sua coluna precisa de quê? E ele me disse: Algo que a alongue, flexibilize, proporcione espaço entre as vértebras, e que trabalhe também a parte energética.

Mesmo sem perceber, nossas dúvidas estão permeadas de uma visão científica; racionalizamos e separamos nosso corpo por partes, assim como a medicina com suas especialidades. Então, queremos uma receita, um exercício pronto que nos leve diretamente ao que desejamos.

Mas a resposta para essa questão específica é um pouco mais abrangente: o yoga é um sistema holístico que “se baseia na unificação da mente, do corpo e da alma, melhorando o bem-estar mental, físico e espiritual das pessoas.”

Como professora de yoga, sei que para entendermos, explicarmos ou demonstrarmos algo, precisamos de uma didática para apresentar o assunto por partes. E para mostrar o caminho das pedras de como cuidar bem da sua coluna, sugiro que você, que também quer beneficiar todo o seu organismo por meio da saúde da coluna, entenda e pratique os cinco movimentos da coluna, estimulando beneficamente tanto o físico – músculos, tendões, articulações, sistema nervoso – quanto a fisiologia sutil, nossa parte energética, que no yoga é chamada de nadis ou canais de energia. A confluência dos nadis forma vórtices chamados de chackras (rodas de luz), e os 7 principais estão ao longo da coluna vertebral. Por meio da prática de yoga, com seus cinco movimentos da coluna, é possível desobstruir esses canais energéticos.

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É excelente o questionamento feito por meu aluno, pois nos leva a essa busca por autoconhecimento, isto é, aprender a como utilizar os instrumentos que o hatha yoga oferece para nos tornarmos mais saudáveis no corpo físico e sutil.

Afinal, todos nós somos capazes de fazer essa investigação inteligente e simples, e, assim, ter acesso a esse autocuidado que só o yoga pode nos proporcionar.

Namastê!

Silvia Oliveira

Autoestima

Autoestima

Como buscar o equilíbrio sem pender nem para o egoísmo nem para a falta de amor próprio?

Sabemos como autoestima é importante, mas como encarar esse assunto num mundo que cultiva os extremos? Desde momentos em que o indivíduo está tão imerso em seus próprios problemas, sem sequer dar importância ao que acontece ao redor, até o ponto da falta de amor próprio, visível por meio de sintomas, como depressão e desgosto de viver.

O que fazemos para entrarmos em contato conosco? Pode ser que, mesmo que queiramos, não saibamos a quem ou a que recorrer para encontrar apoio e conforto. Então, comumente, costumamos buscar os métodos mais conhecidos; dentre esses, um dos mais utilizados é o livro de autoajuda. Mas, esse meio costuma ter muitas influências distorcidas pela mídia em relação a como devemos nos comunicar com o nosso interior e ao modo como nos percebemos. Temos como exemplo, as influências que defendem a visão de que a autoajuda é contrária ao desenvolvimento espiritual, e as inversas, afirmando que essa serve como uma varinha mágica contra os problemas.

Portanto, precisamos de um caminho que nos ajude sem segundas intenções nem influências externas. Na verdade, algo que venha de dentro para fora. Logo, conhecer a si mesmo é a melhor saída.

Encontramos na prática do hatha yoga e seus preceitos éticos um farol que nos conduz a uma trilha que nos encoraja no processo de autorreflexão e autoconhecimento. Entendendo nossos próprios limites podemos enxergar nossas reais potencialidades. Assim, não inflaremos o próprio ego e tampouco nos subestimaremos.

 

 

Como o yoga pode nos ajudar a fortalecer a autoestima de forma equilibrada?

Quando integramos o entendimento da consciência corporal, mental e respiratória à prática do hatha yoga, nosso cérebro libera os comandos para que estejamos mais contentes, focados e lúcidos. Assim, fica mais fácil perceber as próprias emoções e ter mais discernimento de como amar a si mesmo e aos demais na medida certa.

Não temos a ideia exata de qual é essa medida certa, mas com o yoga teremos os instrumentos de autocuidado, os quais sempre poderemos pôr em prática por meio de exercícios, desde psicofísicos e respiratórios até de meditação e concentração, para assim continuarmos em busca da resposta.

Assim, onde quer que estejamos, poderemos nos utilizar dessas ferramentas de autoconhecimento, que irão nos trazer bem-estar e qualidade de vida.

Namastê!

Silvia Oliveira

 

Permita-se descansar!

Permita-se descansar!

Quantas vezes paramos para absolutamente não fazer nada? E mesmo que estejamos “descansando”, será que nossa mente está tranquila? Dificilmente. Por que para uma pessoa que trabalha ou estuda, um momento de tranquilidade física e mental é tão raro? É tão difícil assim desacelerar o ritmo?

Muitas vezes, quem pratica yoga ouve comentários como: “yoga é muito parado”; “a única coisa que se faz é relaxar e ficar cantando aqueles mantras esquisitos”. Normalmente, a pessoa que pratica yoga lhe pergunta prontamente intrigada: “você já experimentou?”. E acrescenta: “Porque o yoga que eu conheço não é bem assim“.

Já que relaxar é algo prazeroso e revigorante, por que será que costuma ser encarado como algo secundário, sem importância? Provavelmente por conta de vivermos em uma sociedade em que temos de fazer muitas coisas em pouco tempo, onde a tecnologia da comunicação instantânea cultiva em nós a pressa.

No contexto do hatha yoga, relaxar pode ser traduzido como auto-observação. Numa aula de yoga completa, entre exercícios psicofísicos e respiratórios, teremos momentos alternados de exigência e relaxamento. Mesmo em meio a uma posição de yoga (asana) exigente, buscamos desfazer o esforço interno tanto o físico quanto o mental.

E, normalmente, quase no fim da aula, temos um momento específico chamado de yoga nidra (relaxamento consciente), um exercício conduzido, praticado em uma posição chamada shavasana (posição do morto); treinamos a imobilidade física e autoentrega interna, algo que nem sempre é fácil. Essa parte da aula de yoga permite que se assimile os benefícios da prática e prepara você para a meditação.

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A história de importantes personalidades como Arquimedes e Albert Einstein nos mostra como grandes ideias nascem em meio ao relaxamento. Hoje, a ciência comprova que as grandes ideias vêm do hemisfério direito do cérebro e, para que ele trabalhe, temos de estar relaxados.

Apesar da correria do dia a dia, que nos leva a acreditar que relaxamento é perda de tempo, podemos perceber como é algo essencial.

Ele nos coloca em um estado propício às inspirações que, colocadas em prática, serão transformadoras e poderão nos trazer mais equilíbrio.

Namastê!

Silvia Oliveira