Qual tipo de yoga você faz? É uma dúvida comum de se deparar. Para solucioná-la podemos investigar os motivos por trás dela.
Inicialmente, o yoga não é ginástica, sistema terapêutico nem religião. Porém, uma ciência empírica, uma filosofia de vida, um sistema que pode nos conduzir à plenitude e ao autoconhecimento.
Do hatha-yoga – o estilo encontrado no Studio ShantYoga – todos os demais descendem, sendo a base sustentadora dos diversos nomes e linhas elaborados, podendo representar diferentes maneiras da prática do yoga, para que assim todas as pessoas possam ter o seu espaço.
Se desejamos nos aprofundar no assunto, temos de entender a base que fundamenta toda a prática do hatha yoga.
“Em relação com os demais sistemas, o hatha yoga ocupa um lugar muito peculiar. Uns sistemas o olham como algo inferior, devido à ênfase que coloca no aperfeiçoamento do corpo físico. Outros olham-no como um bom auxílio, embora não indispensável, para chegar a estados profundos de interiorização. Finalmente, alguns o consideram como um passo absolutamente necessário para que o trabalho posterior sobre a mente seja total e permanente.” (Blay, 2004, p. 32).
A palavra yoga vem da raiz sânscrita yuj, que tem dois significados; o primeiro significa junção, união, comunhão, integração. Já o segundo trata dos meios ou das técnicas para atingir essa união. Ou seja, o objetivo do hatha, como veremos a seguir.
Na trajetória histórica do yoga, notamos como a noção da palavra hatha se modificou. A princípio apresentada como ausência de esforço, depois como força e por último como o conceito de polos opostos e complementares, onde “ha” refere-se ao termo surya (sol) e “tha” ao termo candra (lua).
Essa última forma indica representações simbólicas de interação e equilíbrio, tais como espírito e matéria, masculino e feminino e os nadis (canais de energia existentes no corpo) – ida e pingala.
Pelos conceitos que as palavras hatha e yoga expressam, conseguimos entender o propósito da sua criação: integrar nosso ser por inteiro – corpo, mente e espírito – e assim harmonizarmos as dualidades geradoras de sofrimento e confusão causadas por vivermos nos extremos, encontrando um caminho do meio.
Através de exercícios psicofísicos e respiratórios, relaxamento, técnicas de meditação e concentração somos conduzidos a esse desenvolvimento.
Finalmente, o essencial é o “como” fazemos nossa prática de hatha yoga, o quanto estamos conscientes, presentes, nos autoconhecendo, respeitando e observando.
Levando em consideração esse texto, eu lhe pergunto: “o que você pensa sobre yoga?” O ideal é experimentar, sabendo como o hatha yoga é sutil e forte ao mesmo tempo. Portanto, onde quer que esteja praticando, observe o quanto são contemplados os conceitos de sukham (conforto) e sthira (estabilidade).
O hatha yoga proposto pelo Studio ShantYoga ocorre da maneira mais aberta e desmistificada possível, sem conotação religiosa, dogmas ou credos. Se tiver oportunidade, venha conhecer!
Namastê!
Silvia Oliveira