Meditação para treinar o músculo da atenção

Meditação para treinar o músculo da atenção

“Coisas que nos parecem impossíveis só podem ser conseguidas com uma teimosia pacífica.” (Mahatma Gandhi)

É desejável que o estado meditativo permeie a prática do hatha yoga como um todo – desde os preceitos éticos, os yamas (disciplina externa) e os nyamas (disciplina interna), até os asanas (exercícios psicofísicos) e os pranayamas (exercícios respiratórios), sem nos esquecermos do pratyahara (abstração dos sentidos) e samyama (yoga mental).

Falemos um pouco mais da meditação, esse exercício aparentemente tão passivo, mas tão difícil de conquistar. É comum que digam que, na meditação, a gente “não pensa em nada”. Como parece muito difícil não pensar em “nada”, o iniciante acaba pensando em tudo. Isso pode deixá-lo irritado e fazer com que desista. O ideal é não criar tantas expectativas imediatistas quanto à sua prática de meditação. Vá com tranquilidade.

Por meio do treino podemos estabelecer intimidade com o próprio interior. Como minha mente funciona? Quais são as respostas automáticas dependendo do estímulo? Consigo perceber que não sou a mente? Aos poucos, quem medita vai compreendendo que é mais que os seus pensamentos. Essa descoberta é maravilhosa.

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Por meio da inteligência é possível convencer a mente do que realmente importa. A inteligência, assim como um espectador, pode observar sem se envolver, nem julgar. Pode reconhecer as propostas da mente e discerni-las.

Definimos aqui “inteligência” como uma condição que permite manejar um conjunto de pensamentos ou, até mesmo, ficar distante deles.

Por fim, é bom lembrar que meditar faz bem. A ciência vem divulgando artigos que comprovam os benefícios para a saúde humana decorrentes da prática meditativa. Muitos médicos a recomendam, como o Dr. Roberto Cardoso, obstetra e praticante de meditação há mais de 30 anos e autor do livro Medicina e Meditação – um médico ensina a meditar. De acordo com o Dr. Roberto, meditar aparentemente altera a química do cérebro, e também as vias neuronais, as quais talvez representem os vícios de pensamento que nos aprisionam. Meditando diariamente, podemos fortalecer essas vias e, assim, nos beneficiarmos ao nos “libertarmos”.

Quer tentar? Confira as dicas de como começar a meditar em nosso próximo post.

Se você tiver interesse em artigos científicos ou outros sobre esse assunto, confira esse site.

Namastê!

Silvia Oliveira