Permita-se descansar!

Permita-se descansar!

Quantas vezes paramos para absolutamente não fazer nada? E mesmo que estejamos “descansando”, será que nossa mente está tranquila? Dificilmente. Por que para uma pessoa que trabalha ou estuda, um momento de tranquilidade física e mental é tão raro? É tão difícil assim desacelerar o ritmo?

Muitas vezes, quem pratica yoga ouve comentários como: “yoga é muito parado”; “a única coisa que se faz é relaxar e ficar cantando aqueles mantras esquisitos”. Normalmente, a pessoa que pratica yoga lhe pergunta prontamente intrigada: “você já experimentou?”. E acrescenta: “Porque o yoga que eu conheço não é bem assim“.

Já que relaxar é algo prazeroso e revigorante, por que será que costuma ser encarado como algo secundário, sem importância? Provavelmente por conta de vivermos em uma sociedade em que temos de fazer muitas coisas em pouco tempo, onde a tecnologia da comunicação instantânea cultiva em nós a pressa.

No contexto do hatha yoga, relaxar pode ser traduzido como auto-observação. Numa aula de yoga completa, entre exercícios psicofísicos e respiratórios, teremos momentos alternados de exigência e relaxamento. Mesmo em meio a uma posição de yoga (asana) exigente, buscamos desfazer o esforço interno tanto o físico quanto o mental.

E, normalmente, quase no fim da aula, temos um momento específico chamado de yoga nidra (relaxamento consciente), um exercício conduzido, praticado em uma posição chamada shavasana (posição do morto); treinamos a imobilidade física e autoentrega interna, algo que nem sempre é fácil. Essa parte da aula de yoga permite que se assimile os benefícios da prática e prepara você para a meditação.

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A história de importantes personalidades como Arquimedes e Albert Einstein nos mostra como grandes ideias nascem em meio ao relaxamento. Hoje, a ciência comprova que as grandes ideias vêm do hemisfério direito do cérebro e, para que ele trabalhe, temos de estar relaxados.

Apesar da correria do dia a dia, que nos leva a acreditar que relaxamento é perda de tempo, podemos perceber como é algo essencial.

Ele nos coloca em um estado propício às inspirações que, colocadas em prática, serão transformadoras e poderão nos trazer mais equilíbrio.

Namastê!

Silvia Oliveira