Respirar profundamente estimula o funcionamento dos órgãos e vísceras (principalmente coração, estômago, rins e intestino), que, por meio dos movimentos respiratórios, recebem uma massagem. O controle da respiração, denominado pranayama, é indispensável para a boa prática do yoga e serve de alicerce para o aprendizado de outras técnicas.
Prana é a energia que está presente em tudo o que é vivo. É a respiração da alma, e rege emoções como entusiasmo, coragem, alegria. Regula também todas as nossas funções orgânicas e físicas. Pedro Kupfer, no Dicionário de Yoga, diz que o volume de prana que circula no corpo determina o grau de vitalidade de cada indivíduo. Entre as principais fontes de prana estão a luz e o calor do sol, alimentos, água e, principalmente, o ar. Mente e prana funcionam como as asas que permitem o voo: a mente é o poder da percepção, e o prana o poder da ação.
No yoga, que não tem a respiração como um fim em si, mas como uma ferramenta inerente à sua prática, valoriza-se a pausa e o prolongamento da expiração. Para aprender exercícios específicos, a orientação de um especialista é sempre indispensável: existem diversos métodos que modulam a ventilação dos pulmões por meio de estímulos diferentes
O exercício abaixo une pranayama e mentalização, resultando em uma excelente técnica de vitalização.
CARREGAMENTO ENERGÉTICO DO PLEXO SOLAR
A área entre o umbigo e o encontro das costelas (ponta do esterno) é onde se encontra o plexo solar, no corpo físico, e o chakra manipura, no corpo sutil. Tanto um como o outro são condensadores de energia: desse ponto, o influxo energético se espalha para outras partes do corpo. O carregamento dessa bateria tão importante merece cuidados, especialmente daqueles que se sentem fracos, abatidos, indispostos e deprimidos. Essa é uma técnica de vitalização indicada pelo professor Hermógenes no livro Yoga para Nervosos.
Deite-se de costas, com a cabeça para o norte e as pernas cruzadas, como em sukhássana. Coloque as mãos, com os dedos trançados de maneira que as unhas fiquem em contato com a palma da outra mão, sobre o plexo solar. Tente relaxar o corpo inteiro, desde o rosto até as mãos e os pés.
Inspire lenta e uniformemente, buscando visualizar uma luz quente e dourada que penetra pelo alto da cabeça, flui através do tórax e se detém na linha formada pelas virilhas. Visualize aí o prana represado, que não consegue escapar porque seus pés estão cruzados.
Expire lenta e uniformemente, traga para cima o prana acumulado e imagine que ele gira no sentido horário em seu plexo solar, como se em seu ventre houvesse um relógio cujo mostrador estivesse em seu umbigo. Imagine o maior número possível de círculos enquanto expira, procurando sentir o calor manifestar-se para todo o seu corpo a partir do plexo solar. Procure fazer esse exercício por no mínimo 15 minutos.
Namastê!
Silvia Oliveira