O Yoga é um sistema composto de oito etapas. É como se fosse uma longa e maravilhosa caminhada subdividida em oito grandes passos. Esses passos são bem descritos no texto mais antigo que se conhece sobre o assunto, o Yoga Sutras, escrito por Patanjali, o grande filósofo indiano do século VI a.C.
Para percorrer o caminho, o praticante deve observar sempre os dois preceitos éticos que dão sustentação a todo o sistema. Esses preceitos éticos, os yamas (disciplina externa) e os niyamas (disciplina interna), se tratam de atitudes primordiais que desenvolvem a saúde mental.
Os cinco yamas são:
– Ahimsa: não violência;
– Satya: verdade / não mentir;
– Asteya: não roubar;
– Brahmacharya: fazer tudo muito bem feito, da melhor maneira que você conseguir;
– Aparigraha: não acumular / desenvolver o desapego.
Os cinco niyamas são:
– Sauca: pureza / limpeza;
– Santosha: contentamento;
– Tapas: perseverança / disciplina;
– Svadhyaya: auto estudo;
– Isvara-Pranidhana: caminho espiritual.
Os preceitos éticos acima precedem asanas (exercícios psicofísicos), pranayama (exercícios respiratórios), pratyahara (abstração dos sentidos) e samyama (yoga mental).
Pode-se notar que para ser bem-sucedido em sua prática de yoga, é necessário esforçar-se em desenvolver atitudes que expressem a saúde interna (psíquica e espiritual) com os demais e consigo mesmo.
São preceitos encontrados em várias épocas e culturas no mundo e, por isso, Patanjali os chama sarvabhauma, supremos ou universais, pois eles valem para todas as pessoas e em todas as circunstâncias.
Namastê!
Silvia Oliveira